Uruguai autoriza cabo submarino Firmina, do Google

O presidente do Uruguai, Luis Alberto Lacalle Pou, aprovou formalmente a instalação do novo cabo submarino Firmina, do Google, no país.

Lacalle Pou deu ao Google dois anos para apresentar um plano ao Ministério da Indústria, Energia e Mineração (MIEM), detalhando as ações a serem realizadas em relação ao cabo, segundo documento assinado pelo presidente em 23 de dezembro, mas só agora divulgado por fontes locais.

Batizado em homenagem à escritora e abolicionista brasileira Maria Firmina dos Reis, Firmina é o segundo cabo submarino continental de propriedade do Google na América Latina – ou seja, para seu uso exclusivo – e conectará a costa leste dos EUA a Las Toninas, na Argentina, com pontos de conexão na Praia Grande, no Brasil, e Punta del Este, no Uruguai (percurso na foto).

O regulador de telecomunicações argentino Enacom aprovou a instalação do Firmina em águas territoriais argentinas em agosto passado.

Anunciado pela primeira vez em 2021, o cabo está programado para entrar em operação no final de 2023, como parte do plano de investimento de US$ 1,2 bilhão de cinco anos do Google para a América Latina. A construção e instalação do cabo foi encomendada à empresa norte-americana SubCom.

Com 12 pares de fibra, o cabo transportará o tráfego entre as Américas do Norte e do Sul, oferecendo aos usuários acesso rápido e de baixa latência aos produtos do Google, como Pesquisa, Gmail e YouTube, bem como aos serviços do Google Cloud, de acordo com a empresa.

A infraestrutura terá aproximadamente 13,5 mil quilômetros e está projetada para ter capacidade de 15 Tbps por par de fibra.

Na América Latina, o Google também é proprietário e operador pleno do Curie, um cabo lançado em 2019 que vai do Chile aos EUA.

A empresa também opera três sistemas de cabos submarinos conectados ao Brasil: Monet, que vai de Santos/Praia Grande a Boca Raton, na Flórida; Júnior, de Santos para o Rio de Janeiro; e Tannat, de Santos a Maldonado, no Uruguai.

Os cabos foram lançados em 2017, 2018 e 2021, respectivamente.

Destas, Monet e Tannat foram detidas em consórcio com outras empresas, sendo Junior integralmente detido pela Google.

Firmina incluso, o Google informa que tem investimentos em 16 cabos submarinos em todo o mundo.