Uruguai planeja contratos para ampliar mais de 300 km de estradas antes de junho

O Ministério dos Transportes do Uruguai (MTOP) planeja conceder até o final de maio três contratos, no valor de mais de US$ 550 milhões, para ampliar 338 km de rodovias com a adição de novas pistas com vistas ao início das obras durante o segundo semestre.

Quando as obras relacionadas à segunda fábrica de celulose da empresa finlandesa UPM – incluindo a ferrovia Central, de US$ 1 bilhão – começarem a ser concluídas, o MTOP quer ter outros projetos em andamento para evitar uma perda líquida de empregos no setor de construção, disse o ministro José Luis Falero à emissora de notícias local Teledoce.

Os contratos que estão próximos de serem adjudicados no modelo CREMA (construção, reabilitação e manutenção) são os seguintes:

• Rota 5, ampliação do trecho 1: Falero disse que deve ser concedido esta semana. O contrato recebeu quatro ofertas, sendo a maior de 3,9 bilhões de pesos (US$ 96 mi). Trata-se de ampliar um trecho de 52,7 km no departamento da Flórida, entre Mendoza e La Cruz;
• Rota 5, alargamento do trecho 2: a entrega está prevista para a primeira quinzena de maio. Recebeu três propostas, e a mais alta foi de 5,4 bilhões de pesos. Trata-se de um alargamento de 76,7 km entre La Cruz e o acesso sul de Sarandi Grande;
• Alargamento da Rota 9: também prevista para ser concedida em maio, recebeu apenas duas ofertas, sendo a mais alta de 13,2 bilhões de pesos. Trata-se de uma ampliação de 209 km entre Pan de Azúcar (departamento de Maldonado) e a capital homônima do departamento de Rocha.

Falero disse que uma PPP de US$ 103 milhões para ampliar a rota 6 também deverá estar em construção no segundo semestre. Este contrato abrange 71 km entre Belloni e San Ramón (departamento de Canelones), sendo outorgado a um consórcio formado por Rover e Construcciones Viales y Civiles.

PPP VS CREMA

Sobre o modelo de contrato CREMA, o ministro disse que apresenta uma oportunidade de lançar mais licitações rodoviárias em relação às PPPs.

“[PPPs] são uma ferramenta válida, mas são muito caras quando se trata de financiamento. Por isso, buscamos um modelo de financiamento intermediário em que a construtora ou empresa concessionária é obrigada a concluir as obras em no máximo três anos, e o pagamento é feito nos sete anos [de manutenção] seguintes”, disse.

Desde a substituição de PPPs por contratos CREMA em 2020 para novos projetos rodoviários, o MTOP conseguiu lançar mais licitações, disse o ministro.

No início deste mês, a chefe da secretaria do ministério, Graciela Soler, disse à BNamericas que o MTOP não planeja modificar sua estrutura de PPP no curto prazo.