República da Coreia e Paraguai
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VLT de Assunção enfrenta problemas após fracasso de acordo com a Coreia do Sul

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VLT de Assunção enfrenta problemas após fracasso de acordo com a Coreia do Sul

A agência Korea Overseas Infrastructure & Urban Development Corporation (KIND) não fará mais parte de um projeto para a construção de uma linha de veículo leve sobre trilhos (VLT), avaliada em US$ 600 milhões, na capital do Paraguai, Assunção.

A decisão foi tomada depois que os representantes paraguaios desistiram de um acordo de implementação devido a divergências em relação ao projeto.

No final de junho, a KIND propôs uma mudança na linha projetada para que ela conectasse Assunção à cidade vizinha de Luque, em vez do trecho Assunção-Ypacaraí previsto originalmente.

“Devido a essa incerteza, decidimos encerrar as negociações”, anunciou o presidente da empresa ferroviária estatal Fepasa, Facundo Salinas, em entrevista coletiva.

A mudança proposta pela KIND teria resultado em uma linha muito mais curta.

Pelo acordo original, a KIND participaria da fase de construção com base em um contrato de subconcessão outorgado pela Fepasa e seria responsável por obter o fechamento financeiro, de acordo com um projeto de lei aprovado especificamente para a iniciativa.

Agora, a Fepasa está preparando um novo contrato para a construção e um período de operação de 30 anos, revelou à BNamericas uma fonte da operadora, sob condição de anonimato.

Como as condições do projeto foram definidas por legislação, um novo projeto de lei terá de ser aprovado. Sobre isso, Salinas afirmou que o projeto será enviado ao Congresso no final deste mês.

Salinas também disse ao canal local ABC Color que o Paraguai cobriria entre 20% e 30% do projeto, e que uma pesquisa sobre o interesse entre potenciais financiadores mostrou bons resultados.

A linha de 43 km faz parte do plano de infraestrutura do governo para 2023-2028, que envolve US$ 5,5 bilhões para estradas, ferrovias, hospitais, escolas, sistemas hidráulicos, obras de controle de enchentes e projetos habitacionais.

CRÍTICAS

Após a divulgação das notícias sobre a KIND, o senador Rafael Filizzola criticou o projeto, considerado por ele como uma repetição do corredor de Metrobus de Assunção, cujo contrato foi rescindido em meio a atrasos relacionados a desapropriações de terras.

“Nunca houve nenhum plano de viabilidade econômica”, disse ele à emissora de TV NYP.

Enquanto isso, o ex-presidente da Fepasa, Lauro Ramírez, questionou a capacidade técnica do país para executar projetos de infraestrutura maiores.

“O Paraguai nem sequer evoluiu para a tecnologia a diesel. Não temos pessoas que entendam como um trem moderno funciona”, disse ele à rádio Ñanduti. Ramírez também tem dúvidas quanto à capacidade do país de financiar o projeto.

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