V.tal do Brasil entrará nos segmentos de datacenter, small cell e IoT
A brasileira V.tal, uma joint-venture de rede de fibra neutra formada pela GlobeNet, fundos ligados ao BTG Pactual e à operadora brasileira Oi, investirá em datacenters e na oferta de small cells e serviços de internet das coisas (IoT), de acordo com o recém-nomeado CEO Amos Genish.
Falando em entrevista coletiva na segunda-feira (13), Genish disse que a estratégia é aproveitar a rede ótica de 400 mil km operada pelo grupo para diversificar os negócios, além da conectividade de fibra.
BTG Pactual e GlobeNet recentemente assumiram o controle da V.Tal e tornaram Genish sócio, CEO e presidente.
Genish é ex-CEO da GVT e da Telefônica Brasil, bem como da TIM na Itália.
“A V.tal tem um potencial enorme para ser a maior [empresa] de infraestrutura digital do Brasil, não apenas em conectividade de fibra. Queremos muito evoluir para datacenters, datacenters de ponta, [apostando] na evolução da IoT 5G, metaverso, o que exigirá centenas de datacenters de ponta no país”, disse.
Em setembro passado, a GlobeNet, provedora de conectividade de atacado do BTG Pactual, anunciou planos para um segundo datacenter em Fortaleza, Ceará.
O datacenter terá a marca “Big Lobster” e entrará em operação em dezembro próximo, integrando a estratégia de conectividade de fibra da V.tal, disse Genish.
Outro datacenter será construído em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, e está previsto para 2023, acrescentou.
O executivo não divulgou detalhes sobre investimentos, capacidade ou tamanho dos sites.
Com relação a Fortaleza, uma cidade que se tornou um importante hub de cabos submarinos no Brasil, o Big Lobster tem capex “multibilionário” e contratos já foram firmados com provedores de conteúdo como clientes âncoras, disse Genish.
Em Porto Alegre, o futuro datacenter veio como uma solicitação direta de um grande provedor over-the-top (OTT), disse Genish. O projeto foi aprovado em reunião do conselho da V.tal na semana passada, após “fortes compromissos” do OTT.
Como parte do projeto, a GlobeNet “ramificará” sua rede submarina e criará um ponto de pouso e um datacenter na cidade costeira.
A rede da GlobeNet abrange 23.500 km e possui estações de pouso no Brasil (Rio de Janeiro e Fortaleza), Venezuela (Maiquetía), Colômbia (Barranquilla), Bermudas (St Davis) e Estados Unidos (Boca Raton e Tuckerton).
Em Fortaleza, Rio de Janeiro e Barranquilla, as estações de desembarque de cabos também são datacenters.
Em junho, a GlobeNet apresentou seu sistema Malbec com mais 2.600 km de cabos conectando Las Toninas, na Argentina, a Santos e Rio de Janeiro, no Brasil, com extensões para Buenos Aires e São Paulo. No Rio, Malbec se conecta ao cabo existente da GlobeNet.
A brasileira Oi, sócia minoritária e cliente âncora da V.tal, vendeu seus cinco datacenters para a Piemonte Holding, em 2020, por 325 milhões de reais (US$ 63,7 milhões), como parte de seu processo de alienação de ativos.
Questionado pela BNamericas sobre não poder confiar nesses sites, Genish disse: “Sem problemas. Vamos construir novos”.
BORDA
Além de grandes datacenters, a V.tal planeja construir sites menores em outras partes do país, aproveitando a longa estrutura de fibra que herdou da Oi.
Genish disse ser necessário “descentralizar o processamento de dados”, que em sua visão ainda está amplamente concentrado em certas regiões metropolitanas, e aproximar o conteúdo de usuários e empresas para reduzir a latência e melhorar os serviços, o que será fundamental à medida que as redes 5G avançarem.
“Temos uma enorme vantagem de ser o player mais relevante no [segmento] de datacenter de ponta. Estamos em todo o Brasil, temos fibra e temos 4 mil unidades imobiliárias em todo o país, com engenharia, segurança, energia, tudo no lugar. Tudo o que precisamos é colocar servidores e termos edge [computação]. Além disso, por que não entrar na IoT, o que significa coisas como casas inteligentes”, disse Genish, em resposta a outra pergunta da BNamericas.
O executivo disse que a V.tal está fechando um acordo com uma grande empresa estrangeira para o lançamento de serviços domésticos inteligentes. Cidades inteligentes e indústrias inteligentes estão entre os outros projetos relacionados à IoT previstos.
Em termos de small cells, Genish acredita que a V.tal pode oferecer essas soluções para provedores de serviços de internet (ISPs) e telcos, da mesma forma que faz com conectividade de fibra.
A V.tal tem atualmente 32 contratos com ISPs para uso de infraestrutura de fibra, com a expectativa de fechar três novos contratos muito em breve.
Uma grande varejista brasileira, além de uma fintech, estão entre outros contratos que estão em estágio avançado de negociação, disse Genish.
A V.tal planeja investir R$ 30 bilhões na expansão da fibra até 2024, quando espera ter 32 milhões de casas aprovadas.
Pretende terminar este ano com 20 milhões de casas passadas, face aos atuais 16 milhões.
Para ajudar a financiar seus planos de expansão, Genish disse que um IPO está em questão, embora não no curto prazo, bem como a emissão de títulos locais de infraestrutura conhecidos como debêntures.
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