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Vulcan contesta motivos para possível expropriação de terras no México

Bnamericas

A empresa norte-americana Vulcan Materials criticou as ameaças do governo mexicano de expropriar suas terras no estado de Quintana Roo.

De acordo com um comunicado citado pela imprensa, a empresa de materiais de construção garantiu que procura uma solução amigável para o problema que se desenrola desde maio de 2022, quando recebeu a ordem para interromper suas operações.

“Continuamos abertos a uma solução negociada de boa-fé, frutífera e amigável para as disputas entre a Vulcan e o governo mexicano”, afirmou o comunicado. “O fato de a Vulcan não ter cedido à pressão e manipulação do governo não significa que sejamos arrogantes ou arbitrários. A verdade é que não recebemos uma oferta generosa para a aquisição do nosso imóvel.”

A empresa disse, ainda, que é alvo de “ameaças políticas, atos autoritários e falsas acusações” promovidas pelo governo mexicano.

O presidente Andrés Manuel López Obrador ordenou o fechamento imediato das pedreiras da Vulcan em maio de 2022, alegando que sua subsidiária SAC TUN havia extraído e exportado calcário contrariando as regulamentações ecológicas nacionais por 38 anos, poluindo a água e contaminando cenotes (uma espécie de sumidouro) subterrâneos. A acusação foi negada pela Vulcan Materials.

“Como toda atividade humana, nossas operações foram associadas a determinados impactos, que foram avaliados, classificados e autorizados pelo governo mexicano”, destacou o comunicado da Vulcan, segundo reportagem do diário Milenio. “Não ‘destruímos o paraíso’ nem provocamos um ecocídio.”

Durante suas coletivas de imprensa matinais, López Obrador anunciou que transformaria as terras atualmente ocupadas pela Vulcan em uma área natural protegida ou em um parque.

“Ironicamente, [a área natural protegida] poderia ser utilizada não para benefício da população e do meio ambiente, mas para fins privados de turismo comercial e grandes operações de cruzeiros, bem como atividades navais. Não aceitaremos essa expropriação ilegal dos nossos investimentos”, pontuou o comunicado da Vulcan Materials.

O conflito com a empresa causou problemas entre o México e os Estados Unidos, e o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, lembrou que a situação poderia afetar o investimento estrangeiro direto (IED) no México.

“Falamos genericamente sobre o assunto com o governo do México, incluindo o presidente, que o confisco de empresas privadas não é uma boa forma de atrair investimentos”, disse ele na semana passada.

A empresa exige uma compensação de US$ 1,5 bilhão e alega que o governo mexicano não cumpriu seu dever de dar um tratamento justo e equitativo aos investimentos privados.

Gráfico publicado pelo governo criticando a Vulcan. Fonte: governo mexicano


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